A depressão no idoso costuma ser um pouco diferente, comumente existem mais sintomas físicos (dor de estômago, enjôo, peso no corpo, fadiga) e ansiedade. A tristeza que é um dos principais sintomas no jovem nem sempre é relatada pelo paciente idoso ou pela sua família. Também pode haver uma tendência a achar que redução no interesse nas coisas e nas atividades prazerosas faz parte do envelhecimento, o que não é verdadeiro.
O quadros depressivos estão entre os transtornos mentais mais comuns nos idosos e podem piorar a qualidade de vida, piorar doenças clínicas pré existentes e até aumentar mortalidade, por isso devem ser identificados e tratados.
O tratamento envolve medicação e/ou psicoterapia, lembrando sempre do cuidado com diagnóstico diferencial com outras doenças e interação dos medicamentos com outros que o paciente possa usar. O psicogeriatra é o especialista na psiquiatria dos idosos e pode avaliar bem essas questões.
Não existe receita mágica. A ciência tem a sua cartilha, mas quem não reconhece como é difícil seguir toda aquela listinha de atividade física, boa alimentação, dormir bem e ao mesmo tempo dar conta dos desafios da vida. Viver é uma aventura e desafio.Ter saúde envolve um pouco de sorte (genética), bons hábitos de vida como exercício, alimentação, cuidar do sono. Não podemos esquecer de cuidarmos dos problemas com o que a medicina traz não os deixando cronificar. E nada menos importante que nos envolvermos socialmente em relações importantes e com significado. Estudos indicam que esse último ponto é dos mais importantes.
Uma mente saudável, manter funcionalidades, sejam físicas, cognitivas ou mentais envolve um cuidado contínuo ao longo da vida. É levarmos cuidado e gentileza para conosco mesmos.
